Professores, técnicos e estudantes da Universidade de Brasília podem se tornar colaboradores da Comissão Anísio Teixeira de Memória e Verdade. O grupo foi criado pela UnB em agosto para apurar casos de violações aos Direitos Humanos durante o regime militar. Nesta sexta-feira, 19, às 17h, no Salão de Atos da Reitoria, a Comissão reunirá interessados em contribuir com o trabalho. Podem tornar-se colaboradores não apenas os membros da comunidade acadêmica, mas qualquer cidadão ou cidadã do Distrito Federal. Veja aqui a chamada para colaboradores.

“Queremos, nessa conversa, conhecer a disponibilidade dessas pessoas. Pensamos em distribuir os colaboradores em três frentes de atuação: pesquisa de arquivos, recolhimento de documentos e tomada de depoimentos”, afirma o professor José Otávio Nogueira, coordenador de Investigação da Comissão. O grupo, que conta também com a perspectiva de trabalhos voluntários, analisa a possibilidade de oferecer dez bolsas remuneradas.

A Comissão da Verdade da UnB investiga desaparecimentos e agressões a estudantes e professores da época. Entre os casos analisados, estão os de três alunos: Honestino Guimarães, Ieda Santos Delgado e Paulo de Tarso Celestino. Novos depoimentos apresentados à comissão também apontam para a responsabilidade do Estado na morte de Anísio Teixeira, ex-reitor da universidade e criador da teoria da Escola Nova. Leia mais aqui.

COMISSÃO NACIONAL - No próximo dia 6 de novembro, às 10h, também no Salão de Atos da Reitoria, a Comissão Anísio Teixeira de Mermória e Verdade ganhará um reforço institucional por meio da assinatura de um termo de colaboração com a Comissão Nacional da Verdade (CNV). Criada pela Lei 12.528/2011 e instituída em maio de 2012, a CNV tem por objetivo apurar graves violações de Direitos Humanos praticadas por agentes públicos entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988. “Com esse termo, teremos o poder legal de convocar pessoas”, diz José Otávio.